A Secretaria Municipal de Saúde, através da Coordenadoria de Endemias e Zoonoses, tem mantido sob controle a proliferação do mosquito transmissor da Dengue. No período invernoso o aparecimento do Aedes Aegypti pode aumentar consideravelmente se não houver ações preventivas dos departamentos de saúde e da população. Porém, em Camocim a realidade é que dos anos de 2008 até 2011, tanto o número de focos do mosquito como a incidência da doença têm caído consideravelmente como consequência do trabalho de agentes de endemias que visitam os domicílios camocinenses fazendo inspeções minuciosas em quintais que tenham recipientes que possam está com água parada; caixas d’águas, reservatórios, banheiros e outros locais que sejam propícios ao desenvolvimento do mosquito e que necessitam de constante vigilância.
Segundo o médico veterinário e coordenador do Departamento de Endemias e Zoonoses de Camocim, Dr. Osvaldo Pereira, o trabalho preventivo é feito durante todo o ano e tem 8 ciclos de visitas (dois ciclos a mais do que o que recomenda o Ministério da Saúde). Nos casos em que são encontrados focos com larvas de mosquito, o agente faz a coleta e leva ao laboratório para identificar se é de Aedes Aegypti, pois pode ser de muriçoca. O período de identificação leva menos de uma semana, mas o foco já é combatido com o tratamento imediato. Sendo positivo o domicílio é visitado mais uma vez para borrifação residual, e as casas vizinhas à direita e à esquerda passam pelo mesmo processo. 7 dias após, outro agente faz nova visita com larvicida. Nesta visita o agente conversa com os moradores para conscientizá-los das formas preventivas. No total são feitas quatro visitas no local de incidência de foco positivo.
Semanalmente são recolhidos pneus velhos em oficinas, terrenos baldios e são feitas vistorias em sucatas, vacarias e ferros velhos. As áreas alagadas dentro da cidade são identificadas e monitoradas. O Coordenadoria de Endemias está usando novos inseticidas para que gerações do mosquito resistentes a outros venenos já utilizados não sobrevivam, tornando mais eficaz o combate ao mosquito.
Todos os casos suspeitos de Denque são notificados e enviados para o sistema de saúde do município, e os locais onde há pessoas com suspeita de ter contraído Denque passam por uma ação chamada de “bloqueio”, em que agentes com bombas costais motorizadas fazem a borrifação em uma área que abrange sete quarteirões. No Centro da cidade foi encontrado o maior número de focos do mosquido, 116 no total com Índice de Infestação Predial de 3,06% dos locais visitados, e os bairros que estão totalmente livres de focos são o Jardim das Oliveiras e o Tijuca. A média de focos localizados na Zona Urbana de Camocim durante o período de 10 de janeiro a 21 de fevereiro é de 1,41% . O número de casos suspeitos, notificados pelo Sistema Único de Saúde, chegam a 115; mas até o dia 23 de fevereiro, ontem, não havia nenhuma confirmação de caso de Dengue em Camocim. Os exames que apontam casos positivos são feitos pelo LACEM (Laboratório Central de Saúde Pública).
O coordenador do Departamento de Endemias e Zoonoses, Dr. Osvaldo Pereira, disse que todas as ações preventivas levam ao controle do mosquito e tranquiliza a população que é a principal parceira no combate ao Aedes Aegypti. Ele ainda falou que dados oficiais sobre a prevenção e o combate que são feitos pelo Departamento de Endemias podem ser facilmente obtidos no próprio departamento, que funciona na Secretaria Municipal de Saúde que fica na Rua José Maria Veras (antiga Senador Jaguaribe) no Centro de Camocim.
Fonte: Camocim é do Povo